Crise, não para os 4X4!

Cadillac SRX e Lincoln MKT brilham entre os crossovers, o segmento da moda em Detroit

 

Dentre todos os salões internacionais, Detroit sempre foi o que mais exibiu modelos fora-de-estrada. Não era para menos: os EUA sempre foram o maior mercado do mundo para picapes e utilitários. Com a crise de financiamento em que aquele país se meteu, além da alta do petróleo e da crescente preocupação com o ambiente, as novidades, este ano, foram poucas, e cada vez mais focadas em veículos mais leves e racionais, os chamados crossovers.
Uma das principais atrações foi o Cadillac SRX de nova geração. Em modelo  anterior, que tivemos a chance de avaliar na pista de prova da GM, em Cruz Alta, as mudanças foram profundas. Só o nome continuou o mesmo. No lugar dos motores anteriores entraram duas unidades, um V6 de 3-litros com injeção direta de gasolina e um motor 2,8-litros turbinado. Tudo em prol de mais economia de combustível.
O Chevrolet Equinox, outro crossover da GM, também traz o motor V6 de litros e 255 cv com injeção direta de gasolina. Renovado, o modelo está bem mais leve que seu antecessor. Com isso, consegue consumir menos e andar mais.
Outra novidade no campo dos crossovers foi o Lincoln MKT. Baseado no Ford Flex, o MKT é mais arredondado. O concorrente da marca de luxo da Ford no segmento mais disputado do mercado norte-americano na atualidade tem duas opções de motor: um V6 de 3,7 litros e 268 cv e um V6 de 3,5 litros com turbo e 355 cv.
A preocupação de um trilheiro teria de ser, portanto, com a autonomia, mas a Chrysler promete para ele uma autonomia de 40 milhas só com a carga das baterias, o que daria 64 km. Pouco, mas um motor pequeno a gasolina recarrega as baterias do carro e o leva a uma autonomia maior, de até 640 km. É o que se convencionou chamar agora de carro elétrico de autonomia estendida. O futuro, quem diria, chegou também aos caminhos sem asfalto!

 

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